Esta semana nossa análise será sobre as Eleições 2022 para o Legislativo 2022. Tratamos das cadeiras em disputa, bem como cenários possíveis para a reeleição de nomes atuais e renovação dos quadros a comporem o legislativo no próximo ano.

Vale lembrar que o Congresso Nacional é peça importante na dinâmica política nacional. A gestão do futuro Presidente, tendo ele sido reeleito ou um novo nome, terá ligação direta com a composição do legislativo, dependendo o chefe do Executivo de uma base ampla nas duas Casas para garantir a aprovação de medidas de seu interesse

Cenário Inicial

Diferente das eleições para os cargos de Presidente da República, governadores de estados e do Distrito Federal e Prefeitos, em que quem será eleito é o candidato que obtiver a maioria dos votos, as eleições para o legislativo enfrentam uma sistemática diferente.

Com exceção da disputa pelo Senado Federal, onde a sistemática também escolherá os candidatos que obtiverem a maioria dos votos, chamado esse de sistema majoritário, as eleições para a Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e Câmaras Municipais observará o sistema proporcional.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, no sistema proporcional “o eleitor estará escolhendo ser representado por determinado partido e, preferencialmente, pelo candidato por ele escolhido. Contudo, caso o mesmo não seja eleito, o voto será somado aos demais votos da legenda, compondo a votação do partido ou coligação”.

Com isso, para estabelecer as perspectivas para as eleições legislativas para esse ano, o Radar Governamental apresenta uma leitura sobre as principais perspectivas para a disputa, com foco no Senado Federal.

A gestão do futuro Presidente, tendo ele sido reeleito ou um novo nome, terá ligação direta com a composição do legislativo, dependendo o chefe do Executivo de uma base ampla nas duas Casas para garantir a aprovação de medidas de seu interesse.

Senado Federal

Perspectiva

Apesar de nacionalmente a eleição consolidar a polarização entre petistas e bolsonaristas, no âmbito do Senado, a disputa eleitoral deve ser marcada por uma fragmentação e pela tendência de não renovação dos grupos que atualmente compõem o Senado Federal.

As eleições de outubro contemplarão 27 das 81 cadeiras do Senado, o que coloca a possibilidade de uma renovação de 33% no quadro de senadores. Apesar disso, dos 27 Senadores atuais em fim de mandato,
apenas 14 concorrerão a um segundo mandato, ou seja pouco mais de 50% dos nomes que poderiam concorrer.

De tal modo, considerando os 13 nomes que ficam de fora da disputa, haverá, com certeza, a renovação do Senado Federal em 16% de suas cadeiras.

Renovação

A renovação, no entanto, pode ter índices mais altos. Se nenhum dos 14 que concorrem a um segundo mandato forem eleitos, a renovação terá o crescimento de outros 17% de nomes, chegando então aos 33% possíveis inicialmente. Esse valor poderá sofrer outro acréscimo, de 21% dado que 17 dos Senadores em meio de mandato concorrem a cargos de Governadores em seus Estados de origem. Se todos forem eleitos, deixando suas cadeiras no Senado, haveria a ascensão de seus suplentes, fazendo com que a renovação da Casa chegasse então a 54%, valor expressivo considerando que, oficialmente, os cargos em disputa são apenas ⅓ do número de cadeiras totais da Casa.

Conclusão

Entre os 14 senadores que concorrerão à reeleição há três ex-suplentes. O governista Luiz do Carmo (PSC-GO), que era “reserva” do atual governador goiano Ronaldo Caiado (União Brasil); Mailza Gomes (PP-AC), que também recebeu o mandato após a eleição do titular do governo, Gladson Cameli (PP), outro candidato à reeleição; e Alexandre Silveira (PSD-MG).

Este último chegou ao posto após Antônio Anastásia (PSD-MG) renunciar ao Senado para assumir como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A lista dos que concorrerão à reeleição contém alguns
“medalhões” do Congresso, como o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Omar Aziz (PSD-AM), que ganhou notoriedade ao comandar a CPI da Covid e a ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu (PP-TO).

Também destacado na CPI da Covid, Otto Alencar (PSD-BA) confirmou que buscará novo mandato no Senado, após ter seu nome especulado para concorrer ao governo da Bahia. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), os senadores Roberto Rocha (PTB-MA), Wellington Fagundes (PL-MT), Telmário Mota (Pros-RR) e Romário (PL-RJ) tentarão a reeleição em outubro.

Nomes como o ex-presidente Fernando Collor (Pros-AL), que concorre a uma vaga no executivo estadual, Tasso Jereissati (PSDB-CE) que vai sair da vida política e o ex-presidenciável José Serra (PSDB-SP), que concorrerá a deputado federal, estão entre aqueles que concluirão os oito anos de mandato no final de janeiro de 2023 e não devem concorrer à reeleição na Casa.

Ainda, uma congressista buscará o cargo máximo da República: Simone Tebet (MDB-MS) é pré-candidata à presidência da república pelo MDB. Até o momento, o cenário não é favorável para a maioria dos candidatos à reeleição no Senado. Romário (PL-RJ) se destaca na disputa pela vaga, recebendo 32% das intenções de voto para o Senado.

O Senador Álvaro Dias (PODE-PR) tem pequena desvantagem em relação a Sérgio Moro (União-PR). Álvaro apresenta 26% das intenções de voto enquanto Moro dispõe de 31%. Wellington Fagundes (PL-MT) tem 38% das intenções de voto para o Senado em Mato Grosso. Roberto Rocha (PTB-MA) está em disputa acirrada com o ex-governador Flávio Dino (PSBMA). Dino tem 45% das intenções de voto, enquanto Rocha leva 27%.

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