Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, após um 2020 deficitário (-7,8%), o setor de serviços se recuperou com a maior taxa de fechamento anual, desde que a série é pesquisada: dezembro encerra 2021 com 10,9% de crescimento em relação a dezembro de 2020, indicando melhora nas perspectivas sobre o setor de serviços no Brasil.

No eixo sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), analisando o último trimestre de 2021 (outubro a novembro), as perspectivas sobre o setor de serviços catarinense é o que melhor desempenhou entre os três estados. Com um saldo positivo de 2,3%, Santa Catarina (SC) superou o Rio Grande do Sul (RS) que obteve crescimento acumulado de apenas 0,5%, bem como o Paraná (PR) que apresentou um déficit de -1,8%.

Já em relação ao mesmo mês do ano anterior RS, SC e PR obtiveram crescimentos de 13,3%, 13,1% e 5,8% respectivamente. A trajetória trimestral dos três estados também é positiva. No último trimestre, com exceção de outubro, os resultados catarinenses estão percentualmente acima dos resultados do Brasil. E quando observamos o desempenho do acumulado anual, Santa Catarina continua se sobressaindo com 14,7% de superávit acima dos igualmente bons resultados do PR (8,3%) e do RS (12,1%).

Digitalização dos negócios

Os números observados em 2021, tanto em Santa Catarina quanto no Brasil, podem estar ligados a rápida digitalização dos negócios e das empresas, fenômeno que já vinha sendo acompanhado com a tendência de transformação das plataformas onde se transacionam muitos dos serviços. Com tal cenário, o volume de serviços ficou situado 4,5% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). O bom resultado de novembro trouxe o setor para muito próximo do recorde histórico de novembro de 2014.

Mesmo em um cenário de estagflação, com preços de produtos básicos subindo e desemprego em altos níveis – quase 14 milhões de desempregados sem contar os empregos informais –, o setor de serviços continua crescendo. Vale ponderar, no entanto, que o aumento da taxa básica de juros da economia (Selic), com acesso ao crédito mais escasso, impediu uma retomada ainda mais célere.

A inflação de produtos importantes na cesta de consumo das famílias como energia elétrica, gás e transportes compromete a renda das famílias, impedindo-as de consumir mais serviços. Assim, mesmo com a vacinação, fim das restrições e do uso de máscaras em alguns estados, as pessoas só poderão consumir se tiverem renda e como a maior parte desta renda está destinada à sobrevivência, pouco sobra para o dispêndio com serviços.

Perspectivas para 2022

As perspectivas sobre o setor de serviços para 2022 são dúbias, se por um lado a digitalização dos negócios encaminha uma ampliação ao acesso no setor de negócios, a trajetória da taxa de juros e da inflação, bem como os índices de desemprego, pode minar uma chance de crescimento maior para o setor. 

O período eleitoral ainda introjeta maior grau de transformações no cenário político. Com a máquina pública a seu favor, nomes como o Presidente Jair Bolsonaro (PL) e o Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (REP), poderão anunciar, ao longo dos próximos meses, medidas econômicas a fim de garantir maior sustentabilidade ao mercado e aprovação maior junto à população, em busca de maior adesão do eleitorado a seus nomes.

Além disso, outros candidatos em disputa poderão pautar a economia como principal eixo de suas campanhas, fazendo surgir novas propostas para o cenário.

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