A expressão lobby já está no domínio público. A sociedade, via de regra, conhece o termo e detém uma noção de seu significado – embora nem sempre o utilize do jeito correto, já que para muitos o lobby, rotina nas relações governamentais, ainda carrega uma conotação necessariamente negativa.

Já um “termo-irmão” do lobby, o advocacy, é menos conhecido. A expressão não tem tradução exata para o português. “Advocacia”, que seria uma tradução intuitiva, não corresponde ao que verdadeiramente o advocacy quer dizer no âmbito das relações governamentais.

Se o lobby corresponde a tentar (legitimamente!) influenciar um agente político, o advocacy também busca exercer influência – mas de modo mais difuso e inicial.

O objetivo principal do advocacy não é o de convencer alguém a agir de determinado modo, e sim o de colocar um assunto em pauta. É fazer com que um tema deixe de ser exclusivo de um determinado grupo de pessoas e passe a ter mais e mais interessados.

Por exemplo, se pais de crianças com uma doença rara querem que o SUS cubra o tratamento destes pacientes, uma iniciativa adequada seria pautar esse tema na sociedade. Fazer com que imprensa, formadores de opinião e o público geral conheça o problema relacionado àquela doença e passe a discutir o assunto. Assim, chega-se a mais interessados em uma solução, o que certamente contribuirá para as decisões de quem detém o poder.

Lobby e advocacy são termos diferentes, mas não antagônicos – ou seja, lobby não é “o contrário” de advocacy ou vice-versa. São duas expressões que marcam a atividade dos profissionais de relações governamentais. Nós, do Radar Governamental, estamos à disposição para falar sobre as expressões e outros assuntos do nosso cotidiano profissional. Entre em contato conosco!