Eleições suplementares para Senador em Mato Grosso

Em dezembro de 2019, a ex-juíza Selma Arruda (Podemos) teve seu mandato como Senadora pelo Estado do Mato Grosso cassado por abuso de poder econômico e prática de caixa 2 na campanha de 2018. Deste modo, foram convocadas eleições suplementares em 2020 para preenchimento da vaga.

Inicialmente, o pleito estava previsto para ocorrer no dia 26 de abril, mas foi adiado devido à pandemia da covid-19. Assim, além de elegerem Prefeitos e Vereadores, no dia 15 de novembro, os eleitores mato-grossenses irão escolher um novo representante do Estado no Senado Federal.

Aliás, a disputa para o cargo de Senador promete ser mais acirrada do que a briga pelo Executivo na capital, Cuiabá, onde Emanuel Pinheiro (MDB) lidera as pesquisas de intenção de voto com relativa folga, até o momento.

Candidatos

As eleições suplementares em Mato Grosso têm onze candidatos.

Carlos Fávaro (PSD), que após a cassação assumiu como suplente, enfrentará as urnas para permanecer na função contando com o apoio de MDB, PTB, PP, PV em sua candidatura. Favaro é produtor rural e foi vice-governador de Mato Grosso entre 2015 e 2018

Ex-deputado federal e ex-prefeito de Sinop, Nilson Leitão será a aposta do PSDB, que contará com uma aliança unindo PTC, DEM e PL. Apesar de sua legenda compor a chapa tucana, o Governador Mauro Mendes (DEM) declarou apoio à candidatura de Carlos Fávaro. 

O ex-Governador Pedro Taques, após um período distante da política, é o nome do Solidariedade na disputa. Ele foi convidado por Emanuel Pinheiro para montagem de um bloco de oposição ao grupo liderado pelo Governador Mauro Mendes, grande crítico às gestões de ambos. A chapa conta ainda com o respaldo do Cidadania. 

O Podemos confirmou a candidatura do Deputado Federal José Medeiros que, além, de vice-líder do Governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, terá o vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro, como suplente. Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já declarou apoio à campanha da tenente-coronel Rúbia Fernanda (Patriota), que também conta com o aval do Republicanos. Rúbia atua na Polícia Militar de Mato Grosso desde 1996.

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O Democracia Cristã e o PSL formaram a coligação “Agora é a Vez do Povo” para lançar a candidatura do Deputado Estadual Elizeu Nascimento (DC).

O Deputado estadual Valdir Barranco (PT) se licenciou do cargo para a disputar o Senado. A sigla pretendia liderar uma frente de esquerda, porém conseguiu apenas a adesão do PCdoB.

Já o Psol mantém o posicionamento de outros pleitos e não fará coligação, apostando na candidatura de Mauro César Lara de Barros, o Procurador Mauro, que é procurador da Fazenda Nacional.

O Novo também optou por uma chapa pura com o professor da UFMT de Sinop Feliciano Azuaga.

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Em convenção partidária, o Avante oficializou a candidatura do advogado Euclides Ribeiro. Com forte apoio do PDT, PROS, REDE e PSB o nome foi uma sugestão do vice-Governador Otaviano Pivetta (PDT). 

O empresário Reinaldo Morais é o candidato do PSC, apoiado pelo PRTB, aliança costurada para tentar dar maior visibilidade à sua chapa.

Pesquisa

Na pesquisa mais recente divulgada até o momento sobre as eleições suplementares em Mato Grosso, feita pelo Instituto Olhar Dados com eleitores apenas de Cuiabá, o Senador interino Carlos Fávaro (PSD) lidera a disputa no cenário espontâneo, enquanto, no cenário estimulado, o ex-Governador Pedro Taques (SD) aparece na frente.

No espontâneo, Fávaro tem 4,2% das intenções de voto e é seguido pelo candidato Nilson Leitão, com 3%. Empatados tecnicamente estão Eliseu Nascimento com 2,5%, Tenente Coronel Rúbia com 2,3% e Pedro Taques com 2,3%. Valdir Barranco tem 2% das intenções de voto. Nesta situação, 69,8% dos entrevistados disseram que não sabiam, e 12% afirmaram que não votariam em nenhum, ou em branco ou nulo.

No cenário estimulado, Taques aparece com 12,3% das intenções de voto, Carlos Fávaro com 11,2%, seguidos de Elizeu Nascimento, com 8,5%, Nilson Leitão com 5,7%, Tenente Coronel Rúbia com 4,7% e José Medeiros com 3,5%. Barranco tem 2,7% das intenções. Os que não souberam ou não responderam totalizaram 30,7%, enquanto que os que disseram que não votariam em ninguém somaram 18,5%.

O levantamento foi feito entre 12 e 14 de setembro de 2020 na capital mato-grossense e registrado na Justiça Eleitoral sob a inscrição MT-06882/2020. A margem de erro é 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa anterior, feita no início de setembro, Procurador Mauro aparecia na liderança no cenário estimulado, com 13,4% das intenções de voto.

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