Câmara e Senado podem montar comissões para investigar assuntos que ocorrem fora de suas sedes. Neste caso, essas comissões têm caráter temporário e recebem o nome de comissões externas.

Há atualmente nove comissões temporárias em funcionamento. Elas apuram casos de grande repercussão nacional, como o colapso do solo em Maceió, as enchentes no Rio Grande do Sul e os efeitos dos rompimentos das barragens de mineração em Minas Gerais.

Por serem habitualmente direcionadas à apuração de casos com foco regional, essas comissões costumam ter suas cúpulas formadas por parlamentares dos estados onde se deram os incidentes. Por exemplo, a comissão especial que analisa a saúde pública em Cuiabá (MT) tem como presidente o deputado Abílio Brunini (PL-MT), enquanto a que investiga os impactos da chuva no Maranhão é comandada pela deputada Roseana Sarney (MDB-MA).

Essas comissões, porém, não funcionam apenas para a investigação de tragédias ou ocorrências em localidades específicas. Na legislatura passada, uma comissão externa apurou a atuação do Ministério da Educação. O grupo teve como relatora a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e pesquisou os trabalhos da pasta entre 2019 e 2021. A conclusão da comissão é que os investimentos feitos pelo Ministério não foram suficientes para as necessidades da educação nacional.